Mapas Mentais

Por Viviani Bovo

Sinopse

Um rápido texto de apresentação de uma das mais poderosas “ferramentas” de aprendizado, memorização, organização e síntese de informações.

Contexto

Quando as tecnologias de educação e de aprendizagem se equipararem ao grau de desenvolvimento que as tecnologias científicas e industriais tais como: eletrônica, micromecânica, genética, químico-farmacêutica, entre outras, será possível a qualquer ser humano aprender mais rapidamente que os superdotados atuais, isto é, crianças que já aos doze ou treze anos de idade frequentam a universidade!

Artigo

Qual será a diferença que faz a diferença?

Alguma vez você já parou para observar o desempenho de alunos que estudam, estudam e conseguem apenas notas regulares ou fracas? E na contra partida outros alunos que com muito menos esforço conseguem se destacar nos estudos, tirando excelentes notas?

Pois é, se você já fez esse tipo de observação deve ter chegado à conclusão óbvia que nem sempre o desempenho está condicionado ao tempo de dedicação, e deve ter se perguntado: o que funciona de forma diferente entre esses alunos?

Você ainda pode ter usado esse mesmo raciocínio para comparar pessoas que se destacam brilhantemente em suas profissões, enquanto outras ficam estagnadas no “comum”, e mais uma vez se perguntou: o que será que elas têm de diferente?

Impulsionados por dúvidas semelhantes, vários pesquisadores, no mundo todo, começaram a estudar o comportamento dessas talentosas pessoas, e o resultado de seus estudos e pesquisas os levou a desvendar os caminhos ou estratégias de funcionamento que tais pessoas utilizam.

Uma vez conhecendo os caminhos ou estratégias de funcionamento, os pesquisadores começaram a desenvolver modelos de funcionamento, e com base neles criaram “ferramentas” que pudessem ser usadas por todos, de forma a desenvolverem novos caminhos de aprendizagem e busca de excelência, apropriados para esse mundo em que vivemos da conquista do espaço sideral e do átomo. E assim, proporcionando meios a todos que quisessem aprender como trilhar os mesmos caminhos ou usar as mesmas estratégias que os “talentosos” já utilizavam natural e inconscientemente.

A aplicação de tais “ferramentas” acabou comprovando aquilo que os pesquisadores desejavam mostrar, pois as pessoas que se utilizavam delas obtinham excelentes resultados, provando com isso, que não existe pessoa mais inteligente ou pessoa menos inteligente, tudo é uma questão de técnica e de estratégia.

Atualmente podemos afirmar que só não aprende quem não quer, pois existem técnicas e “ferramentas” para desenvolver quase todos os tipos de habilidade ou inteligência, basta buscar por elas.

Falando um pouco sobre inteligência, o psicólogo americano Howard Gardner, da Universidade de Harvard, catalogou em suas pesquisas que temos nove tipos de inteligência: verbal-lingüística, lógico-matemática, corporal-cinestésica, musical, visual-espacial, intrapessoal, interpessoal, naturalista e espiritual-existencial. E que as pessoas que mais se destacam, conseguem mantê-las em desenvolvimento e ao mesmo tempo em harmonia.

Se observarmos essas inteligências separadamente, notaremos que algumas estão ligadas ao funcionamento do lado esquerdo do cérebro, enquanto que outras estão associadas ao lado direito do cérebro. Esse é um modelo de funcionamento cerebral que também foi adotado e estudado pelos pesquisadores mencionados acima, que divide o funcionamento do cérebro em dois hemisférios, direito e esquerdo, onde cada um teria funções específicas.

O lado esquerdo seria responsável pelo racional, portanto, apreende e decide qualquer situação de maneira lógica e em ordem seqüencial, cronológica, analisando e avaliando parte por parte, ou seja, em detalhes. Sendo o local do pensamento concreto e da linguagem, este hemisfério processa palavras, letras, números, códigos, cifras e enxerga tudo em preto e branco.

Já o hemisfério direito seria responsável pelo emocional, que identifica as sensações e sentimentos, sendo o lado da intuição, que vê cores, imagens, percebe ritmos, melodias e músicas. Conseguindo examinar a relação entre as partes numa visão global e holística, fazendo abstrações, vendo grandes imagens e suas várias associações.

A conclusão a que chegaram os pesquisadores foi que para se ter melhor desempenho, o caminho era utilizar a maior parte possível do potencial do cérebro e, a melhor forma, seria integrando as capacidades dos dois hemisférios.

Foi nessa linha de pensamento que surgiram as mais poderosas ferramentas de auxílio na aprendizagem. Algumas delas são: PNL (Programação Neurolingüística) dos pesquisadores americanos John Grinder e Richard Bandler, Sugestologia do búlgaro Georgi Lozanov, Mapa Mental do inglês Tony Buzan, PEI (Programa de Enriquecimento Instrumental) desenvolvido pelo romeno Dr. R. Feuerstein.

Essas técnicas e “ferramentas” são extremamente poderosas, cada uma com seu objetivo particular, porém, entre elas o Mapa Mental é uma das mais simples de ser aprendida e conseqüentemente divulgada. Proporciona resultados maravilhosos no desempenho de alunos que passaram a utilizá-la como instrumento de estudo.

Se levarmos em conta que 90% da informação está contida em apenas 10% das palavras de um texto, entenderemos porque o Mapa Mental é tão eficiente como ferramenta de aprendizagem, contribuindo sensivelmente para a melhora da compreensão e da memorização, além da economia de tempo despendido para estudo, que pode ser reduzido em até 75%.

O Mapa Mental surgiu a partir de observações de seu criador Tony Buzan sobre os comportamentos de alunos ou colegas de estudo que obtinham bons resultados utilizando estratégias de trabalho e de anotação diferenciadas. Constatou ainda que obtinham um bom desempenho sem despender muito tempo de preparo e, ao analisar cuidadosamente como faziam isso, notou que se utilizavam muito de desenhos, cores, ilustrações, símbolos e setas, além de marcarem as palavras chaves dos textos de estudo com canetas coloridas.

Em resumo o que faziam era sinalizar de forma bastante atrativa e destacada os pontos importantes de um texto de estudo, exatamente como vemos em um mapa de uma cidade elaborado para os turistas, onde todos os pontos de visitação estão destacados e ordenados para que se organizem e se localizem durante sua visita. Revelando como a cidade funciona no todo e como os pontos podem ser interligados entre si.

Porque o Mapa Mental funciona? Você já deve ter visto, ou mesmo elaborado, resumos em forma de esquema, pois então, o Mapa Mental tem o mesmo princípio, sendo diferente no formato (teia ou radial divergente) e usando poucas palavras, mas, com muitas imagens e cores, promove a integração de operação dos dois hemisférios cerebrais.

O formato de teia de um Mapa Mental tem uma estrutura muito forte por causa das vinculações, é como podemos ver na teia da aranha, quando um fio da teia está solto é vulnerável e frágil, enquanto que ligado a ela, se beneficia do apoio da estrutura toda e ajuda a fortalece-la. Também podemos sentir a força e a importância das vinculações ainda neste exemplo, quando observamos a teia da aranha ser atingida por algum objeto em um ponto específico – toda a estrutura se abala, fazendo com que a perturbação chegue até a aranha que normalmente está no centro.

Enfim o Mapa Mental é uma ferramenta poderosa de anotação de informações de forma não linear, ou seja, elaborado em forma de teia, onde a idéia principal é colocada no centro de uma folha de papel branco (sem pautas), usada na horizontal para proporcionar maior visibilidade, sendo que as idéias são descritas apenas com palavras chaves e ilustradas com imagens, ícones e com muitas cores. Uma outra analogia muito interessante para compreendermos o Mapa Mental é o crescimento estruturado de uma árvore e seus galhos. Do centro divergem troncos principais abrindo cada tópico do assunto principal, e de cada um deles, saem galhos menores com os detalhes explicativos.

Assim desenhado, um Mapa Mental está organizando e hierarquizando os tópicos de um assunto, ao mesmo tempo em que sintetiza, fornecendo a visão global, mostra os detalhes e as interligações do assunto e, por fim, com a utilização das figuras e cores, promove a memorização das informações ao estimular ambos hemisférios cerebrais. Sendo uma “ferramenta” muito útil para várias aplicações, tais como: anotações de aulas, resumo de livros, planejamento de eventos ou palestras, entre outros.

É muito divertido e fácil fazer um Mapa Mental. Mesmo que você dedique um pouco mais de tempo na elaboração dele, terá uma economia bastante considerável quando for o momento de estudar e memorizar as informações.

Agora você já sabe qual é uma das diferenças que fazem uma grande diferença, então, se sua estratégia pessoal de estudo ou de organização do trabalho não estão dando o resultado que você gostaria, mude, procure novos caminhos.

Um desses caminhos pode ser o Mapa Mental. Sendo que agora você já possui as dicas de como fazer um… Portanto, mãos a obra, experimente! E lembre-se sempre: só não aprende quem não quer!

Conclusão

Desde que não recebemos um manual de instruções de como funciona a milagrosa “máquina” humana, resta-nos a benção de aprender! Mas com quem devemos aprender? Com aqueles que demonstram na prática que seus funcionamentos lhes garantem melhores resultados. Quando disserem que uma pessoa é mais hábil que outra, saiba que a principal diferença não está na “máquina” humana dessa pessoa, mas sim no “programa” (“software”) que ela está utilizando: portanto, trate de atualizar seus programas para obter resultados compatíveis com aqueles que observa serem melhores que os seus! /bin/bash: :1: comando não encontrado

Mapa Mental elaborado por Viviani Bovo

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