Isto é PNL, porque eu digo que é!

por Lucas Derks

Depois que Bandler e Grinder registraram a marca “PNL” para trabalho deles em 1977, seus seguidores formularam novas técnicas com base nos mesmos princípios. Eles também se consideravam desenvolvedores da PNL. No entanto, será que é possível que um recém-criado formato de passo a passo, seja corretamente definido como uma continuação da psicoterapia futurista dos anos 1970 de Bandler e Grinder?

O livro recém-publicado “The Origins of NLP” (Grinder & Pucelik, 2013) confirma que a PNL inicialmente não era um “modelo novo de comunicação profissional”, mas um grande número de saltos à frente na psicoterapia. Ao longo dos últimos 40 anos, estes saltos provaram ser muito grandes para muitos profissionais de saúde mental. E apenas um fragmento da academia conseguiu apreciar a modelagem como uma alternativa para as suas pesquisas tradicionais. Mas para aqueles, que vieram junto com a PNL, muitos tiveram um disparo nas suas carreiras, multiplicaram suas competências e suas rendas financeiras, e ajudaram a melhorar a vida de muitas pessoas. E eles frequentemente dizem ter criado novos padrões de PNL.

Bandler, Pucelik e Grinder criaram uma qualidade única em PNL, entre 1971 e 1977, e isto foi feito grandemente e globalmente por milhares de outros treinadores nos anos seguintes. Embora a PNL tenha dado grandes saltos para frente, e se estendido por todos os cantos da vida, isso não pode ser o fim da estrada. Mas se a ‘PNL Verdadeira’ permanece confinada só ao trabalho histórico de modelagem de Bandler e Grinder, como Grinder e Borstic-St.Clair sugere que deveria ser, no livro “Origins” e, no livro “Sussurrando no Vento”, não devemos esperar muito: desde que a história não pode ser repetida e Satir, Perls e Erickson já colheram o ouro.

Lendo a história com um olho no futuro

Para todos os praticantes dedicados da PNL, e hoje deve haver dezenas de milhares no mundo, a leitura “Origins” pode ser uma experiência emocional, comparada a encontrar cartas de amor esquecidas da nossa mãe e pai, décadas depois de seu divórcio. Os editores e os autores fazem uma bela imagem de como essa explosão criativa surgiu: brotando além e contra as correntes dos profissionais científicos, constrangimentos, e ideológias da época – que no entanto ainda governam grande parte da psicoterapia hoje.

O livro nos diz que a PNL foi o resultado do trabalho expontâneo de uma equipe criativa e que o seu direcionamento principal não foi para a produção de uma nova terapia ou disciplina. Os criadores estavam apenas fascinados. E literalmente, como eram jovens, dinâmicos, críticos, não-conformistas, intrínsecamente motivados e brincalhões, eles descobriram que os outros tinha não tinham percebido ou nem sequer estavam procurando.

O ambiente e a época em que os criadores da PNL se encontram uns aos outros, em uma nova universidade no meio da terra hippie de 1970, foi único na história. Música, computadores, estados alterados de consciência, tudo era novo. PNL tornou-se a mais badalada, campanha publicitária mais quente na psicoterapia. Depois que a PNL tornou-se um sucesso, nem todos os membros “da banda” conseguiram lidar com esse sucesso. Uma parte de sua criatividade original redirecionada para concorrer o mundo e ganhar dólares. Então, disputas sobre a propriedade e assuntos pessoais mudaram o clima da sociedade e isto interrompeu o fluxo coletivo. Uma série de divórcios e confrontos aconteceram, o que dispersou a visão sobre o caso de amor que viveram nos primeiros dias. E então, a maioria dos membros da banda seguiu carreira ‘solo’ ou casou-se novamente. Esta parte preocupante é tratada de forma muito diplomática no livro “Origins”. Precisamos elogiar os autores e editores pela sua discrição e sabedoria.

A história de “Origins” para no momento em que a PNL foi recebida por uma classe de pioneiros da terapia internacionais que finalmente a levou para os cantos mais remotos do mundo. No início atingiu apenas os estudiosos intelectuais, e depois a NL se tornou um dos principais vertentes de desenvolvimento, e se infiltrou em muitos níveis da sociedade. Hoje a PNL é encontrada em centros de formação especializada e com alto status e, também, em salas com cinco participantes, ou na biblioteca de uma aldeia. E podemos esperar que a PNL está aqui para ficar, em suas diversas formas, provavelmente durante a maior parte do século 21 e além.

A PNL deu ao mundo a comunicação com o inconsciente, a estrutura das experiências, âncoras, calibração, rapport, sistemas sensoriais e uma grande força na linguagem terapêutica. A PNL nos deu um número impressionante de técnicas reprodutíveis, atitudes de trabalho e orientações úteis. Ninguém quer ficar sem estes tesouros. E hoje podemos testemunhar como estes recursos também estão integrados em muitas ‘novas’ marcas de terapia (a maioria delas não cita sua fonte). A resistência contra a PNL diminuiu, diminuiu também a vergonha de se encolher ao mencionar que estava fazendo PNL nos círculos acadêmicos e sua aplicação cada vez maior, mostram quão grande o sucesso do trabalho de Grinder, Pucelik e Bandler e seus alunos se tornou.

Mas tudo o que o homem cria inclui limitações. Mesmo a crença de que não há limites pode levantar barreiras inconvenientes. Se quisermos que a psicoterapia progrida em um futuro distante, sob o nome PNL, temos de olhar para onde seus desenvolvedores atuais bateram na parede.

Competição em vez de apoio

Como resultado de seus divórcios, os pais fundadores perderam o controle sobre o desenvolvimento da PNL. Filhos de casais divorciados pode ser menos obedientes a seus pais. Isso libertou a PNL ! Criou-se ainda mais anarquia! Na verdade todo mundo pode fazer qualquer coisa que queiser com a PNL . Os organizadores da PNL que existem no mundo, dão pouca atenção aos novos desenvolvimentos, mas ajudam seus membros com os selos oficiais para elevar o status de seus treinamentos. As normas para os programas de formação de PNL, que já foram definidos, são amplamente corrompidas por algumas das vozes mais altas no campo. Assim PNL-res são livres para desenvolver e ensinar o que eles querem e em qualquer estrutura ou a forma que eles esperam que seja mais rentável, e eles tem apenas o mercado de workshops e treinamentos para decidir o que é aceitável.

Um efeito colateral é que os concorrentes no mercado de PNL, geralmente não aprovam o que outros conquistaram – pois isto pode custar-lhes clientela. Eles preferem fazer o contrário: criticar os seus concorrentes. Alguns chegaram até a criar plataformas de internet para acusar abertamente alguns treinadores de incompetência. Na mesma linha, os pais da PNL não aprovam abertamente o que o filho do parceiro co-produziu sozinho, nem eles apoiam muito do que seus próprios filhos contribuíram para a família PNL.

Então vem a “armadilha do status” da modelagem. Os pais de PNL deram tanto crédito aos avós, Satir, Erickson e Perls, que o seu próprio status só poderia ser definido como os “homens do meio”. Exemplos posteriores, como Tony Robbins (com boas razões) não honrraram muito os seus antepassados, para que eles próprios possam tornar-se o seu próprio herói – para a angústia dos pais de PNL e seus fiéis seguidores.

Assim, a PNL não tem nenhuma QG, nenhum CEO e nenhum presídio. E o resultado é que, todo o desenvolvimento da PNL é apenas produto de alguém. É PNL porque o autor diz que é PNL, só isso e nada mais. Depende do marketing e do gosto dos consumidores de consumir ou destruir. Se não for adequadamente marcado e embalado, o desenvolvedor pode acabar sendo a única pessoa no mundo a sabe sobre o produto dele.

Então não existe nenhum critério na PNL?

Provavelmente, a maior bênção que a PNL ofereceu ao campo da psicoterapia é a distinção entre processo e conteúdo. Em “As Origens da PNL”, Grinder defende fortemente esta posição: a PNL deve se concentrar no processo e evitar trabalhar com o conteúdo.

Pessoas que tentaram introduzir sistemas mais orientados para conteúdo na PNL, como o Modelo Graves, a Terapia de Constelação Familiar, como as idéias da Nova Era, Eneagrama, Meyers Briggs, O Segredo, Cristianismo, Budismo, Artes Marciais e muitas formas de Coaching, são, porém, livres para fazer assim. PNL não tem uma polícia de conteúdo. E o consumidor muitas vezes não reconhece a diferença e compra “conteúdo” tão fácil como a compra do “processo”. Mas essa própria distinção é uma das coisas principais que fez a PNL se destacar.

Mesmo para os terapeutas bem treinados não foi tão fácil entender a diferença. Por vezes, pode escapar deles totalmente a maneira como o conteúdo sega o agente de mudança para o processo e que também é muito ineficiente discutir este assunto durante a terapia. Mas, para ir tão longe quanto proclamar que seja antiético é ainda mais complicado e soa fundamentalista, especialmente para aqueles que não compreendem a distinção. Os próprios autores de conteúdo, se é que eles estão conscientes dos erros que cometem, muitas vezes se defendem com pragmatismo: “Pode ser conteúdo, mas ele funciona muito bem.” Alguns vão ainda mais longe ao afirmar: “E quando funciona, é PNL.”.

Propriedade

Como um psicólogo social, eu li “As Origens da PNL” não apenas como um documento histórico, mas também como uma série de afirmações implícitas sobre quem é o dono da PNL. Embora a PNL seja de domínio público no sentido legal, ela ainda é uma marca valiosa. Ser chamado por exemplo de: ‘ O gênio por trás da PNL ‘ ou “A grande senhora da PNL ‘pode contribuir para elevar o próprio status e renda.

Na página de abertura de “Origens”, Grinder e Pucelik escrevem para Richard Bandler, que “a inteligência, coragem e presença dele são evidentes em muitas das narrativas do livro ‘. Sua ausência como co-autor, fala um pouco sobre a dificuldade dele em manter boas relações com os outros co-autores. Além disso, o livro reconhece fortemente o papel daquele que foi muitas vezes esquecido como co-fundadodar, Frank Pucelik. Ele é, de maneira justa, retratado como o elemento mais importante de ligação nas equipes de Meta PNL até 1976. Naquele momento, Bandler rompe com Pucelik por causa de assuntos privados, parecia ser o início do fim do caso de amor que levou à concepção da PNL. No livro “Origens” falta um artigo de Lesley Cameron. Ela é outra voz silenciosa que ficou esquecida entre as linhas. Ela estava de fato tentando pavimentar o futuro da PNL formalizando a exigência dos requisitos dos treinamentos e premianado os melhores novas contribuições para a área.

A grande dificuldade no desenvolvimento da PNL é a falta da posse das propriedades intelectuais. Em “Origins” Grinder afirma que, ele e Bandler viram pela primeira vez a ligação consistente entre os movimentos oculares e os sistemas sensoriais. No capítulo sobre Dilts, ele sugere que estava chegando a esta conclusão, mas já existia também uma linha de pesquisa em movimentos oculares. Grinder, além disso, disse que tinha dado a Dilts uma atribuição de exercícios, em que ele era orientado e guiado a reconhecer esses padrões. Em “Origins” Stephen Gilligan recebe superficialmente o crédito por seu trabalho adicional com Erickson, assim como Lesley Camaron recebeu o crédito dela.

Que a maioria dos padrões de PNL, técnicas ou modelos, não tenha um inventor claro, provavelmente deve-se ao intenso intercâmbio entre os desenvolvedores da PNL nos primeiros anos. O direito autoral das técnicas (como a Terapia da Linha do Tempo©) veio anos mais tarde.

O futuro está no passado

De que maneira a PNL pode seguir o caminho da renovação no qual viajou com tanto sucesso nos anos de 1970 até 1980?

A minha previsão é que, da mesma forma anarquista que a PNL começou, anarquista vai prosseguir. Parece que ninguém é capaz de organizá-la, muito menos para criar uma plataforma de revisão por pares que poderia ajudar a dar forma a PNL do futuro. No entanto, a PNL ainda parece ziguezaguear para frente de alguma forma.

Modelagem?

Após os títulos de Meta Publicações iniciais, a segunda onda de livros de PNL veio com as publicações de Gente Press. Foi Steve e Connirea Andreas quem primeiro editaram os livros dos workshops de Bandler e Grinder (Sapos em Príncipes, Reframing e Transformações) e mais tarde fizeram suas próprias contribuições criativas, como “Heart of the Mind” e “Transformação Essencial” e vários outros títulos. Ao mesmo tempo, Lesley Camaron e co-autores publicaram uma série de livros. A pergunta a ser feita aqui é: Será que esses volumes posteriores refletem a evoluções genuínas da PNL?

Devemos levantar essa questão, porque para estas publicações, a experimentação clínica tomou claramente a frente a partir da modelagem dos primeiros genios terapêuticos, e se tornou sua principal fonte de informação. A distinção não é tão profunda, uma vez que ensaios clínicos foram também um aspecto importante das primeiras modelagens. Mas os tipos mais tardios de experimentações clínicas não estavam enrraizadas no estudo de outros especialistas renomados. Eles eram construções criativas feitas com os blocos de construção que foram modelados antes. A segunda onda trouxe o “Trabalho de Submodalidades ‘,’ O Método Emprint ‘,’ O Self Emperativo’,’ A Estrutura das Emoções ‘, a’ Linha do Tempo ‘e muitos outros frutaos. E todos são aceitos na maioria dos cursos profissionais e nos cursos de Master Practitioner, – então eles devem fazer parte da PNL?

A experimentação clínica com os padrões modelados trouxe seus novos insights. Assim, a PNL pode ser extraída a própria PNL. Será consanguinidade?

A contribuição clássica da modelagem fresca dos anos noventa é exemplificada por Penny Tompkins e James Lawley e a modelagem do terapeuta David Grove. Mas será que eles fizeram isso da maneira apropriada para a PNL (Grinder, Borstic-St. Clair)? Se assim for, a Modelagem Simbólica deve ser considerada como uma extensão clássica da PNL. Na Grã Bretanha parece já ter atingido esse status.

Casamento da Ideologia com a Realidade

Ler “Origins” reforçou a minha opinião, que, se queremos ajudar a PNL a progredir, primeiro precisamos corresponder casar à sua ideologia com a sua realidade.

Para isso, na minha opinião, a primeira coisa a fazer é aposentar as duas definições de PNL: (A) PNL ser a modelagem exclusiva dos gênios; e também a definição de PNL como (B) um modelo de comunicação profissional. Por quê?

  1. Modelagem
  2. Depois de modelar Satir, Perls e Erickson; Bandler, Pucelik e Grinder parecem já ter desenterrado os componentes mais importantes da psicoterapia bem sucedida. Atravéz da fusão destes três elementos poderosos, a psicoterapia deu um salto quântico.
  3. A modelagem de terapeutas adicionais, como Feldenkrais, Pesso, Janov, Moreno, Rogers, Farelly, Hellinger, Nagy, Orne e muitos outros foram parcialmente realizadas pela PNL, mas os resultados foram apenas ligeiramente incorporados no corpo existente de padrões de PNL .
  4. No entanto, a modelagem adicional dos especialistas foi muito produtiva fora do campo da terapia. E há muitos exemplos frutíferos de gerentes de modelagem da PNL, vendedores, artistas, desportistas, músicos, atores e engenheiros. Uma série de livros sobre “Como fazer …” contêm estes exemplos. Mas nem todos os autores quiseram apresentá-los como parte da PNL, talvez por causa de sua reputação terapêutica ou duvidosa. Depois ainda, existem exemplos de modelagem sem a moldura da PNL. Para habilidades de vendas temos por exemplo, Roberto Cialdini em “Persuation”, ou o guia de Robert Kiyosaki para a independência financeira “Pai Rico Pai Pobre”, e Joel Kramer e a análise de Diana Alstad da comunicação autoritária em cultos, chamado “The Guru Papers”.
  5. Em “Origins” e outras fontes, os comentários são feitos sobre os modeladores, tornando Erickson, Satir ou Perls melhores do que os seus exemplos reais. Por ter elevado tanto suas próprias habilidades terapêuticas, o interesse por outros especialistas na modelagem fora da PNL tornou-se menos atraente. Agora os modeladores eram os próprios gênios. Talvez por isso, o seu interesse migrou para exemplos mais exóticos, como os xamãs e curandeiros milagrosos.
  6. Os profissionais de PNL e os praticantes com o currículo de Master em PNL, como previsto por Lesly Camaron no final dos anos setenta, preencheram o maior tempo do treinamento. Novas gerações de estagiários, vindos dos níveis de gerência, acharam que 21 dias era um tempo muito longo. Não houve necessidade de padrões terapêuticos adicionais. Então o que mais aconteceu foi a transmissão e a reformulação do material existente.
  7. Em meados dos anos noventa uma conferência PNL era o lugar para mostrar suas criações recém-modeladas. Mais tarde, essas conferências preencheram a maioria dos seus programas com “PNL e … X … ‘: onde X deveria ser um outro método existente (terapia) com a qual o apresentador já estava familiarizado. PNL e Bioenergética, PNL e Zen. PNL e Cinesiologia. PNL e Psicodiagnóstico. As conferências de PNL tornaram-se “mercados” onde os treinadores podiam promover-se. Eles não podiam distinguir-se com as coisas de uso do Bandler e Grinder. Isso durou até que as conferências se tornaram cada vez menos um lugar onde os potenciais participantes iriam aparecer. Até as revistas “Mundo da PNL” e “AnchorPoint” pararam a sua conexão com a comunidade internacional da PNL, assim as descobertas e padrões descobertos recentemente na PNL não atingem os outros treinadores de PNL.
  8. Robert Dilts demonstra desde os anos de 1980, que a nova PNL poderia ter sido criada com sucesso de muitas outras maneiras também. Ele que é um dos homens mais criativos da frente, e mostrou que outros critérios além da própria modelagem deveriam também ser considerados. Ele estava renovando seus treinamentos com freqüência, respondendo às demandas de seu público internacional (de Master Praticioner). O uso do termo “terceira geração PNL” para seu trabalho posterior, fez com que Grinder discutisse em “Origens” o que o termo “uma geração” significa. Outros criticam Dilts por ter um “marketing muito inteligente”, porque ter “uma nova geração” de qualquer produto sugere que a mercadoria dos outros concorrentes está ultrapassada.
  9. Comunicação Profissional

Talvez o mercado ampliado supere a perda aqui, mas para os praticantes de PNL que são profissionais acadêmicos em saúde mental que tornaram a vida difícil desde então. Que a PNL é usada em todos os tipos de comércio, fez a aplicação em psicoterapia parece superficial. Isso fez com PNL-res acadêmicos frustrados se reúnem para elevar o status da PNL como abordagem terapêutica. Alguns afirmam que o EMDR e Solution Focused Therapy ambos são de fato, simplificações da PNL, que se tornaram extremamente bem sucedidos na comunidade academica de terapeutas.

Algumas alternativas utilizadas

Para fazer a realidade da PNL coincidir com a sua ideologia, a experimentação clínica, deve ser reconhecida como a coleta de dados legítima dentro da PNL.

Em seguida, precisaremos redefinir a PNL na base dos seus principais e únicos eleitores. Esta não será uma fórmula, como o “Estudo da Estrutura da Experiência Subjetiva”, mas será uma listagem dos saltos para a frente onde a PNL contribuiu para psicoterapia. Sugiro definir a PNL como, um conjunto de métodos psicoterapêuticos que se originaram dos estudos dos terapeutas de sucesso. É uma combinação de rapport, recursos criativos, âncoras, nenhuma falha, apenas feedback, e assim por diante, incluindo também mais tarde o produto a partir de experimentação clínica.

Fazer o que é hip em Frisco

É claro para mim que o mercado de terapia nos EUA é menos leal à PNL do que o que vemos na Europa e mais além. Nos EUA são lançadas muitas outras “marcas” de terapias a cada década do que em qualquer outra parte do mundo. Alguns treinadores de PNL americanos, separaram a nata do que tinham no seu mercado doméstico, e introduziram na PNL. Muitas vezes, essas idéias foram exportadas para a Europa. A lealdade dos profissionais de PNL europeus para com os formadores da PNL americanos também é significativa. Embora muitos europeus tenham dificuldade com a Grandiosidade do “Estilo Americano” de apresentação, ao mesmo tempo, eles ficam impressionados e também com ciúmes. Instrutores americanos tendem a não ser afetados pelo feedback negativo sobre o contéudo e as teorias deles que às vezes já estão fora de uso, new age, e por vezes ultrapassados que eles usam. A resposta ambivalente da introdução Dilts do “conceito de campo” na PNL pode ser visto como um exemplo disto.

Remodelando

PNL sempre atraiu pessoas criativas e de mente aberta. Assim como Bandler, Grinder e Pucelik, essas pessoas não poupam os sistemas que foram criados por outros. O seu desejo de reconstruir, desconstruir, renomear, reorganizar a PNL não pode ser interrompidos. Exemplos dos idos de 1990 são John McWirthier (remodelação), Micheal Hall (Neurossemântica) e de Richard Bolstad ‘Modelo Resolve’ estão entre os exemplos. Mas também a “NAC” do Anthony Robbin, o Novo Código de “John Grinders” e a “Engenharia do Design Humano” de Brandlers.

A pesquisa qualitativa com base em distinções de PNL

Em 1994 comecei a explorar a experiência social subjetiva de um grande número de pessoas comuns. Isso me ajudou a criar o modelo do Panorama Social. Este último é uma ferramenta para analisar os padrões de cognição social normal e do problemático. A coleta de dados e as análises de padrões de métodos que eu usei não eram tão diferente da modelagem feita pelos gênios da PNL. Mas no meu caso, o foco mais amplo, ajudou a responder a várias questões sociais psicológicas que não eram respondíveis ??antes. Mas será que isto era PNL?

A aplicação é principalmente terapêutica e se encaixa dentro de todos os trabalhos de PNL existente, incluindo os respectivos pressupostos e focos nos processos. Mas ele foi aceito como sendo a PNL?

A partir do ano de 1998 Dennis Bridoux, Wolfgang Walker, Michael Hall, José Figueira, Marja-Leena Savimaki, Água Ötsch e vários outros treinadores de PNL começaram a ensinar o panorama social, em suas próprias aulas de PNL. O maior passo foi dado quando, em 2008, a Sociedade Alemã de PNL colocou o Panorama Neuro Social no seu currículo para o caminho de um Mestre Avançado Practitioner (esta entidade não esta atualmente funcionando completamente). Um convite em 2010 por Steve Andreas e Connirea para ensinar um dia e meio para seus “Mestres Avançados” em Boulder foi uma próxima etapa. Publicações, como ‘Inovações em PNL’, editados por Michael Hall e Shelly Rose Charvet e várias revistas PNL apoiaram a aceitação. Eu mesmo acredito que o Panorama Neuro Social é construido em grande parte da PNL já existente.

Modelagem de Sintoma

Em 2007, Wolfgang Walker, que trabalhou muitos anos como terapeuta de PNL em psiquiatria, surgiu com a Modelagem de Sintoma. Em “Origens”, podemos ler como isso já havia sido iniciado por Bandler e Grinder. Seu trabalho com “clientes impossíveis” é apresentado como uma série de milagres. Walker e seus colegas na realidade conseguiram resultados que eram difíceis de reproduzir na psiquiatria.

O estabelecimento de metas não é tão fácil com pacientes depressivos, psicóticos ou viciados. Em meu artigo “PNL em Psiquiatria, um sucesso na tomada” (entre em www.sociaalpanorama.nl e depois vá para “Articles”) fornece mais artigos da PNL na psiquiatria alemã.

Modelagem de Sintomas é a exploração da experiência dos pacientes psiquiátricos. Walker poderia descrever vários padrões (sub modalidades) na experiência de clientes deprimidos, limítrofe, psicóticos e TEPT. Ao fazer isso, ele teve que fazer um ato de equilíbrio entre as atitudes “anti diagnósticos” da PNL e as taxonomias dos diagnósticos psiquiátricos existentes. Se alguma vez vai existir uma ponte entre PNL e a psiquiatria médica, o diagnóstico terá que ter algum lugar dentro deste trabalho.

Praticantes de PNL sugerem que eles trabalham sem qualquer diagnóstico, mas um termo clássico como “A Cura da Fobia em três minutos” não só provocou os estabelecimentos terapêuticos, também fez uso do termo de diagnóstico: Fobia.

Ao explorar a estrutura dos problemas, a PNL já tinha feito muita coisa, especialmente no campo das fobias e transtornos dissociativos. Mas também existem sintomas onde não existe uma padronização clara. Claro, a ideologia da PNL implica que se deve modelar os problemas de cada cliente, sem generalizar o padrão encontrado para toda a população de pessoas com diagnósticos semelhantes. A Modelagem de Sintoma de Walkers está à procura de padrões nos dados subjetivos relatados pelos próprios clientes. Na verdade, muitos sintomas podem ser entendidos como desvios extremos do que, em geral, seria um Panorama Social funcional ou uma Linha do Tempo.

Avaliação científica e clínica da PNL

O Projeto de Pesquisa e Reconhecimento, liderados por Frank Bourke e Lisa Wake, tem com o objetivo o efeito de uma pesquisa de avaliação. O reconhecimento académico abriria a PNL para todos os estudantes universitários. Desta forma as bençãos da PNL se tornariam integradas nos cuidados dedicados a saúde mental que já são patrocinados pelo governo. Acabaria a anarquia; uma parte importante será perdida dessa maneira.

A iniciativa PNLt (Terapia com PNL) com inciativa na Europa também se esforça para um melhor o posicionamento da PNL na área da saúde mental. Isto irá aumentar a chance de PNL para tomar o seu lugar correto na psicoterapia.

A própria PNL como pesquisa psicológica

Derks e Goldblatt, propuseram em 1986, que o uso repetido de padrões da PNL podem ser vistos como uma forma de pesquisa psicológica, uma vez que, de alguma forma, os mesmos procedimentos são executados em uma população de assuntos individuais.

Eles, então, escreveram o manuscrito ainda não publicado “O Feedforward da Concepção até a Consciência” para formular as conclusões psicológicas que se erguiam da prática da PNL. A falta de interesse na psicologia fundamental dentro da comunidade da PNL do momento, em combinação com a falta de compreensão e falta de interesse em PNL nos meios científicos fez desta abordagem um beco sem saída.

Nas últimas décadas, a pesquisa psicológica surgiu com um grande número de noções que suportam PNL. Richard Bolstad nos anos 1990 escreveu muitos artigos em que ele ligava seus resultados de investigações e pesquisas com as práticas da PNL.

Post Script

É fácil ver que qualquer campo de atuação é construído sobre algumas premissas explícitas e implícitas. Ao reconhecer que a PNL não é uma entidade coerente, é mais um pacote de grandes idéias e tecnologias, a necessidade de uma única característica de ligação torna-se menos importante.

Mas de qualquer maneira, se queremos renovar e desenvolver a PNL, precisamos ter uma maneira de decidir que algo é realmente PNL. Portanto, precisamos desenvolver critérios que inclui todo o trabalho que é regularmente aceitos como PNL pela comunidade PNL.

Seria aconselhável usar o nome original ‘Meta’ (como Frank Pucelik faz) para todo o material criado antes de 1977. Em seguida, nomear PNL tudo o que veio depois disso.

No meu ponto de vista, precisamos classificar o que escrevi acima de alguma forma, ou então o desenvolvimento psicoterapêutico vai deixar a PNL atrás como sendo história.

Só Pucelik parece ter ficado com o nome original ‘Meta’.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *