Psicologia do Espaço Mental
Mental Space Psychology
Lucas Derks

Psicologia do Espaço Mental?
Por Lucas Derks (Holanda)
Tradução
Psicologia do Espaço Mental (Mental Space Psychology – MSP) é um termo para pesquisa que estuda a cognição espacial humana em relação a intervenções psicoterapêuticas que compartilham o uso do espaço como seu princípio estruturador (Heemelaar, Koppelaar & Derks, 2012). A razão para explorar psicoterapias espaciais é que tais métodos parecem aumentar o efeito terapêutico. Isso se estende a tal ponto de alguns dizerem que, onde quer que o espaço seja incluído na psicoterapia, milagres acontecem (Lawley, 2014). Para um psicólogo de mente aberta isso oferece um desafio científico. Quando as intervenções espaciais têm impacto tão alto, eles devem apontar para princípios psicológicos ainda não completamente explorados.
A hipótese atual, que deriva de uma vasta gama de observações clínicas, é que o espaço deve ser o princípio organizador primário na mente. Em outras palavras, onde pensamentos/imagens/sentimentos/sons são projetados na esfera psicológica, em torno da pessoa, é o que mais determina o seu significado emocional. O maior desafio para a ciência é que espaço mental opera em grande parte fora da consciência: mas isso não o torna menos importante! Nos seres humanos, o poder organizador da linguagem vem muito depois do papel espaço. O fato de na maioria das psicologias, a linguagem valer mais do que todas as outras modalidades, na atenção dada a ela, conduziu o autor e seus colegas a finalmente tentar influenciar a balança a favor do espaço.
É importante mencionar que a Psicologia do Espaço Mental foi desenvolvida a partir da psicologia humanista, da psicologia cognitiva, uma gama de psicoterapias com ênfase em hipnoterapia, Programação Neurolinguística e Terapia Comportamental Cognitiva. Algumas ideias básicas decorrem da Linguística Cognitiva. Para começar a considerar os padrões encontrados na prática psicoterapêutica como uma fonte aceitável de dados científicos, ajudou trazer à luz alguns princípios psicológicos muito fundamentais.
Quando mencionamos intervenções espaciais em psicoterapia, referimo-nos ao que é praticado em uma ampla classe de métodos, que à primeira vista, não parecem estar muito relacionados. Para citar alguns: The Other Minds Eye (Sargent, 1999), o Método Feldenkrais (Feldenkrais, 1972), o Diálogo de Voz (Stone e Stone, 1980), PNL Espacialmente Ordenada (Dilts, 1986; Andreas e Andreas, 1988), Terapia da Linha do Tempo (James e Woodsmall, 1988), Espaço Limpo (Lawley e Tompkins, 2006), Constelações Familiares (Hellinger, Weber, 1996), Constelações Estruturais (Varga von Kibet e Sparrer, 2005), Manchas Cerebrais (Corrigan e Grand, 2013), Linha de Tempo (Hall e Bodenhammer, 2001), o Modelo Totalidade (Andreas, 2014), Metáforas de Movimento (Austin, 2010) e o Panorama Neuro Social (Derks, 1996). O que o leitor deve notar é que a maioria dos criadores, dos pesquisadores e dos praticantes dessas escolas quase nunca mencionam o uso do espaço mental como um princípio central.